Comissão de frente da Unidos da Tijuca também vai se apresentar em barretos.

Maior novidade do Carnaval 2010, a comissão de frente da Unidos da Tijuca continua fazendo história. Requisitado para eventos no Rio e fora da cidade, o grupo já tem agendado seu próximo compromisso: será a atração da abertura da Festa do Peão de Barretos, no dia 19 de agosto. Até o fim do ano, a comissão terá participado de oito grandes eventos. O cachê cobrado varia entre R$ 20 e 30 mil.

Para o coreógrafo Rodrigo Negri, que divide o comando da comissão com Priscila Mota, a procura de empresas por shows reforça o sucesso da Unidos da Tijuca. "Estamos conseguindo mostrar que o trabalho de uma comissão de frente pode continuar ao longo do ano e não terminar em apenas uma noite. Estamos muito felizes com a quantidade de eventos porque isso faz com que todos da comissão tenham trabalho o ano inteiro. Acaba que todo mundo ganha um dinheirinho extra", festeja.

O evento em Barretos acontecerá entre 19 e 28 de agosto, em Barretos, no interior de São Paulo. A cantora Mariah Carey será a atração principal da festa.

Comissão de frente entrou para história

A imensa caixa preta que seguia a encantadora comissão de frente da Unidos da Tijuca era um movimentado vestiário. As seis 'assistentes' dos mágicos que trocavam de roupa várias vezes num piscar de olhos saíam de um time de 18 mulheres selecionadas e treinadas à exaustão pelo casal Priscila Mota e Rodrigo Negri.

Cada um dos três 'sextetos' se apresentou duas vezes ao longo da Avenida. O truque para que ninguém desconfiasse da troca estava na cara. A gigante de cosméticos MAC enviou nove maquiadoras com a missão de deixar as 18 ‘assistentes’ praticamente idênticas.

Dentro da caixa se escondiam 30 pessoas: as 12 ‘assistentes’ no ‘banco de reservas’, quatro figurinistas para auxiliar na troca e preparação das sigilosíssimas roupas e 14 empurradores. Todos só podiam trabalhar dentro do vestiário, de 63 metros quadrados e feito de ferro, madeira e veludo. Priscila e Rodrigo testaram mais de 40 mulheres — entre dançarinas, atrizes e artistas de musicais — antes de escolher o grupo que deu o show de ilusionismo.

Mágica da Tijuca custou R$ 200 mil

Levar a comissão de frente mais inventiva de todos os tempos à Avenida custou caro: cerca de R$ 200 mil e muito tempo. Foram três meses desde que Paulo Barros teve a ideia, assistindo a um vídeo na Internet, até descobrir como colocá-la em prática. Outros quatro meses foram necessários para fazer o protótipo do vestido ‘muitas faces’, com tecidos e cores testados exaustivamente até se chegar ao modelo que encantou o público no Sambódromo.

Os ensaios, que só foram realizados com a fantasia cerca de um mês antes do desfile, começavam por volta das 5h na Cidade do Samba ou na Sapucaí, desde que não houvesse ninguém assistindo além do pessoal autorizado pela Tijuca. Até o papel prata picado que encerrava o número e levantou as arquibancadas foi cortado e testado pelos próprios coreógrafos, que gastaram 80kg do material durante a apresentação, 36 dos 52 sacos disponíveis. De tecido, mais de mil metros foram gastos, com os vestidos e os seis panos vermelhos de 5 metros que faziam parte da apresentação.

Fonte : Aqui